Não me lembro na história de um outro jogador que conseguisse combinar uma carreira tão vitoriosa com tanto limite técnico e mau caráter quanto Marco Materazzi. Zagueiro de qualidade muito próxima da nula, açougueiro de marca maior e com um histórico de polêmicas na carreira tão grande quanto seu nariz, Materazzi segue vivendo da fama de seu lance mais importante: a cabeçada que acabou com a carreira de Zidane. Pouca gente se lembra que foi dele o gol de empate na finald e 2006 (assim como o pênalti convertido por Zizou foi cometido por ele) porque tecnicamente ele não tem história. Inimigos, contudo, ele coleciona.
Materazzi agora tem ganhado espaço por eventuais “broncas” em Mario Balotelli, talento inequívoco da Inter que, salvo engano, tem relação irremediavelmente comprometidas com a Inter. O zagueiro adora provar a sua masculinidade em público, o que já diz muito sobre ele. Balotelli precisa ser educado, sim, mas dificlmente um cidadão da estirpe de Materazzi pode educar além do caminho da marginalidade e do desrespeito ao próximo.
Materazzi me lembra muito Vampeta no que diz respeito à dissociação talento-vitórias bem como pela dubiedade de caráter. O caráter mediático do italiano se faz só através de declarações, porque com 23 jogos nas duas últimas temporadas, é visível que o defensor de 36 anos está próximo de seu fim de carreira. “Matrix” (apelido dado em função de uma visão que confunde determinação com violência) é uma figura que não deixará saudades em ninguém