Quando Renato Gaúcho assumiu a Cabofriense, admito, pensei que ele não duraria doze minutos. Baladeiro inveterado e um zero à esquerda taticamente, O Renato jogador era a antítese do técnico. Mas ele não só se revelou um técnico bastante aceitável (melhor do que a maioria de seus neopares), como demonstrou uma segunda pele que não imaginava que ele pudesse ter. Fiz uma “mea culpa”.
Agora, leio que Vampeta está de volta ao futebol, nop cargo de técnico do Nacional-SP. Em que pese que a indicação do ex-jogador possa ter uma importância pela atração que um personagem como Vampeta possa trazer, o episódio é um pouco uma mostra de que no futebol qualificação é lixo.
Vampeta, talvez o único ex-jogador que já era ex-jogador durante a maior parte de sua carreira, tem as mesmas virtudes (ou provavelmente menos) que qualquer torcedor de arquibancada. Em campo, Vampeta nunca foi um primor em termos de disciplina ou tática. Ele conseguiu a vaga no Nacional-SP, segundo a imprensa, por sugestão de Andrés Sanches, presidente do Corinthians, clube com o qual o Nacional assinou um “convênio” de colaboração. A participação do dirigente na escolha de Vampeta é um indício de como o futebol é viciado e os nomes são sempre os mesmos graças a um amadorismo atroz.
Certamente Vampeta dará um ótimo entrevistado nos programas de boleiros e poderá retornar à mídia, único ambiente onde realmente revelou talento. Comandando o Nacional-SP, entretanto, suas chances de sucesso têm volume oposto ao de sua capacidade de fazer micagens. Se ele se revelar um técnico de verdade (não precisa nem ser um fabuloso), terei prazer em reconhecer sua virtude.
Acho que em 2003 a revista Placar fez uma matéria com ele. O reporter escreveu que estavam assistindo a LC enquanto falavam e Vampeta deu um show de conhecimento, sabia de có e salteado todos os jogadores e os reporteres em volta fingiam conhecer todos akeles nomes do PSV.
aguardo a 1a coletiva dele, hahaha
O mesmo raciocínio vale para o Maradona e a seleção argentina…