Atalanta Bergamasca Calcio
Estádio: Atleti Azzurri D’Italia (26.638 pessoas)
Principal jogador: Cristiano Doni (meio-campista)
Fique de olho: Luca Cigarini (meio-campista)
Competição continental que disputa: nenhuma
Time base (4-4-1-1, 12/08): Coppola; Rivalta (Garics), Talamonti, T. Manfredini e Bellini; Adriano Ferreira, Cigarini, Guarente e Padoin; Doni e Floccari (Vieri)
Técnico: Luigi Del Neri (mantido)
Objetivo na temporada: vaga na Copa Uefa
A permanência de Luigi Del Neri no comando da Atalanta foi o primeiro indício do bom planejamento do clube para a temporada. O treinador normalmente tem melhores resultados com prazos maiores de trabalho. Na sua estréia atalantina, há um ano, ele já foi bem. Agora, com a mesma base e mais um ano de trabalho, a Atalanta tem tudo para evoluir.
Del Neri normalmente monta seus times no 4-4-2, mas em Bérgamo decidiu recuar um dos atacantes para encaixar Cristiano Doni, jogador mais importante do grupo e capitão do time. As duas linhas de quatro jogadores são extremamente sólidas, especialmente com a chegada de Cigarini que deve fazer ao lado de Guarente, uma dupla de volantes muito física.
Pelos flancos, Del Neri terá um dos melhores alas do campeonato, o brasileiro Adriano, que tem futebol para um time melhor. Do outro lado, Padoin, um defensor de origem, deve proporcionar um lado mais contido, mas também abrindo para as descidas do lateral Bellini. O posto de centroavante precisa de um jogador rompedor – Christian Vieri foi contratado para preencher a vaga. Com ele machucado, Sergio Floccari (que também pode atuar na posição de Padoin) parte como titular na primeira rodada.
Genoa Cricket and Football Club
Estádio: Luigi Ferraris (41.917 pessoas)
Principal jogador: Andrea Gasbarroni (meia-atacante)
Fique de olho: Sokratis Papastathopoulos (defensor)
Competição continental que disputa: nenhuma
Time base (3-4-3, 12/08): Rubinho; Potenza, Ferrari e Criscito; Mesto, Paro, Juric e Modesto; Gasbarroni, Figueroa e Palladino.
Técnico: Gian Piero Gasperini (mantido)
Objetivo na temporada: vaga na Copa Uefa
O Genoa fez um retorno à Série A digno das melhores expectativas. Não correu risco de rebaixamento, consolidou jogadores como Borriello, Criscito e Konko e ainda apresentou o futebol entre os mais vistosos do torneio passado, ainda que com algumas falhas defensivas. Para este campeonato, a meta é manter o bom ataque mas acertar a defesa.
As cessões feitas pelo clube, coincidência ou não, forçam o treinador Gasperini a seguir por este caminho. Tendo perdido o dinâmico Konko no meio-campo e o artilheiro Borriello na frente, o clube procurou substitutos com melhores condições de defender. Na direita, o ala Mesto chegou da Reggina e é um lateral de origem, assim como Modesto – também chegando da Calábria.
Até no ataque, que tinha três atacantes de origem no começo do último torneio (Figueroa, Borriello e Di Vaio) agora tem um meia (Gasbarroni) e um segundo atacante (Palladino) com o argentino Figueroa. Gasperini normalmente pede aos seus externos de ataque que recuem para acompanhar a saída de bola adversária e os dois recém-chegados têm as características para fazer isso. O tempo de entrosamento do “novo” Genoa é o que vai determinar as ambições do time no torneio. Se for bem nesse aspecto, certamente irá mais longe do que no ano anterior.
Unione Sportiva Cittá di Palermo
Estádio: Renzo Barbera “La Favorita” (36.980 pessoas)
Principal jogador: Marco Amelia (goleiro)
Fique de olho: Antonio Nocerino (meio-campista)
Competição continental que disputa: nenhuma
Time base (4-3-3, 12/08): Amelia, Raggi, Carrozieri, Bovo e Balzaretti; Migliaccio, Liverani e Nocerino; Budan (Lanzafame), Tulio de Melo e Miccoli.
Técnico: Stefano Colantuono (mantido)
Objetivo na temporada: vaga na Copa Uefa
O Palermo é um time que teria tudo para conseguir seu objetivo realista e até mesmo lutar por uma irreal vaga na Liga dos Campeões (meta estipulada pela diretoria). O problema está exatamente na diretoria – mais especificamente no seu presidente, Maurizio Zamparini. O dirigente trata o time como o quintal de sua casa e demite um treinador por ano. O próprio Colantuono foi demitido no ano passado e recontratado. E para este ano, Zamparini já disse que terá a última palavra nas escalações. Então tá.
Além de um dirigente abaixo da crítica, o Palermo terá um problema sério para enfrentar: o desentrosamento. Somente três dos onze prováveis titulares na temporada vêm do último campeonato. São jogadores ótimos e quase todos italianos, como o goleiro campeão do mundo Amelia, o lateral Raggi e o mediano Nocerino. Mas moldar um time leva tempo e com um presidente vulcânico como Zamparini, tempo é algo em falta.
Em termos de elenco, ainda que tenha feito boas contratações como Lanzafame e o brasileiro Túlio de Melo (ex-Le Mans), será difícil não sentir falta de Amauri, um dos melhores atacantes da Itália hoje. Sem o jogador, que foi para a Juventus, Colantuono deve distribuir mais a obrigação do arremate entre os três avantes. Uma possível alternativa é o excelente croata Budan.
Societá Sportiva Lazio
Estádio: Olímpico de Roma (82.222 pessoas)
Principal jogador: Goran Pandev (meia-atacante)
Fique de olho: Stefan Radu (defensor)
Competição continental que disputa: nenhuma
Time base (4-3-3, 12/08): Carrizo; De Silvestri, Siviglia (Diakité) e Radu (Kolarov); Dabo, Ledesma e Matuzalém; Pandev, Rocchi e Foggia (Zárate)
Técnico: Delio Rossi (mantido)
Objetivo na temporada: vaga na Copa Uefa
Ainda limitada por condições financeiras decorrentes da quebra da Cirio, empresa do ex-presidente do clube, Sergio Cragnotti, a Lazio parte mais uma vez com chances de uma boa campanha, desde que a cobrança não seja desproporcional. Outra vez com Delio Rossi e sem ter perdido seus maiores jogadores (Rocchi e Pandev), as perspectivas são boas.
O esquema previsto para a Lazio era o 3-4-3, com o promissor prata-da-casa De Silvestri avançado para o meio-campo. Mas maus resultados na pré-temporada deram o sinal de que a defesa precisava de reforço. Assim, Rossi deve usar uma linha de quatro jogadores, ao menos para começar a temporada. Nela, a atenção deve ir aos laterais De Silvestri e Radu, ambos jovens e extremamente promissores.
Se atuar com três no meio, a Lazio certamente usará três jogadores fortes na marcação, onde o único titular absoluto é o argentino Ledesma. Com quatro, os alas terão a preferência e neste quesito Rossi tem excelentes nomes como Kolarov e Foggia. O problema é que assim, o trio de atacantes teria de ser sacrificado e é isso que o técnico quer evitar.
Pandev e Rocchi formam uma dupla de ataque ótima. Um terceiro atacante, num momento em que a defesa atravessa problemas, parece um luxo desnecessário. A cautela sugere que uma defesa a três e dois externos de meio-campo aptos a apoiar possam ser mais efetivos, ou mesmo a adoção do ‘trequartista’ atrás do ataque, solução que passa pela recuperação de Mauri, cuja forma caiu muito no fim do campeonato. Alternativas, a Lazio tem.